sábado, 20 de julho de 2013


Wingate

A 19a Macabíada está espalhada por todo Israel...Só em Natania os juniores  (atletas até 18 anos) estão hospedados em vários hotéis. Os de idioma latino estão no Blue Bay, um hotel na orla, que abriga brasileiros, espanhóis, mexicanos, paraguaios (2), cubanos (2) argentinos e venezuelanos.
A maioria dos jogos se realiza em Wingate, mas é comum os atletas fazerem seus treinamentos na praia, junto à piscina ou dentro dela.
Em Blue B
 
ay funciona uma central responsável pela logística de transporte e entretenimento que inclui excursões e festas. Neste momento acontece uma festa à beira da piscina com Deejay, boias e outras diversões inventadas por duas jovens encarregadas dessa tarefa. O lobby é o local onde técnicos fazem preleções às suas equipes, onde os jovens cantam juntos, jogam cartas. A maioria dedica um bom tempo mexendo em seus celulares.
Claro que nem tudo corre como previsto. Os ônibus atrasam, alguém se machuca ou dorme até mais tarde. Nada disso perturba o clima de relaxamento reinante no Hotel.
Uma das coisas que se aprende na Macabíada é que o mundo não cai se alguém não esteve presente em um ou outro momento, com exceção das competições das quais se é parte, claro.
O jogador Zico fez uma preleção antes do jogo de futsal sub 16 e
os garotos que o ouviram aproveitaram os conselhos, mas este foi um entre muitos acontecimentos dignos de nota.
E por falar nisso, é hora de finalizar este post para fotografar a festa.

O Joio e o Trigo

O Joio e o Trigo

Parte da missão do jornalista é separar o joio do trigo em um campo de informações potenciais. A Macabíada é um latifundio, onde o trigo de 1 pode ser o joio do outro e vice-versa. Para a mãe do atleta do futebol sub 16, o resultado do jogo rende uma manchete e para o dirigente, sua foto ao lado do Zico na Abertura da Macabíada basta. A sacada é entender que todos estão certos e arregalar os olhos para focar tudo e entender o que move todos os atores desse teatro esportivo.
A comissão responsável pelos passeios ofereceu aos latinos que se hospedam no hotel Blue Bay um tour por Jerusalém no dia 18, completando o roteiro da viagem a Jerusalém.. O guia que levou os brasileiros da natação, tênis e futsal deu seu recado em um portunhol sofrível para uma plateia de adolescentes desinteressados. Na parada para que alguns fossem ao banheiro havia música. Uma violinista acomodada em um nicho, se apresentava vestida de branco. Depois foi informado que era uma atriz gravando um comercial. A poucos metros dali, um lojista reconheceu o idioma falado por aquele grupo de turistas e se aproximo com o famoso "Brasil, futebol" Em seguida, cabeceou várias vez a bola que tinha nas mãos e mostrou algumas embaixadinhas. Fez mais sucesso que a violinista.
Jerusalém merece outro post. Um ônibus levou os grupos até o ... Estádio Teddy Kollek, duas horas antes do início da abertura. Cada delegação tinha um nicho identificado por uma placa. Os atletas circulavam entre os "territórios nacionais" e a área central, onde havia comida e lugares para descanso. Da Guiné Bissau aos Estados Unidos, passando pelo Paraguai, uma frase era repetida em diferentes idiomas: Tem Pin (broche) para trocar.
O tempo passa e as delegações vão se formando para o desfile. Na brasileira é hora de distribuir chapéus, apitos, cornetas, óculos que, em terras tupiniquins ninguém usaria.
É hora também de disputar a honra de ser fotografado ao lado do Ziko, convidado especial da delegação brasileira. (fim da primeira parte).
 .
 Nadadores esperam a chegada do ônibus no lobby do hotel
 Elas são ginastas
 Música inusitada em Jerusalém
 
 Precisa de uma correção de rumo, mas dá para ver a bola....
 Em alguns momentos do passeio a Jerusalém, brasileiros encontraram canadenses, alemães....
 Minutos antes da entrada, a interação entre as delegações
 Trocar pins é preciso...

quarta-feira, 17 de julho de 2013

A MACABÍADA IMITA A MÚSICA....

O Segurnça me pediu crachá... lembram da música do Gilberto Gil....pois é..esta repórter se vi na situação do pobre coitado "descrachado". O crachá é umar repetição do que foi utilizado na macabíada de 2009. Uma espécie de carteira de plástico que vem com dois cartões, um para refeições em Wingate e outro de descontos em lojas parceiras. Os atletas carregam nele um pouco de dinheiro, a cópia do passaporte e dirculam livremente entre as quadras e meios de transportes oferecidos.
Ouçam a bela obra do Gilberto Gil e vejam se podem perdoar o segurança....!



http://letras.mus.br/gilberto-gil/46210/#legenda

O papel de D´us

O papel de Deus

A Macabíada ainda não começou oficialmente, mas o Hotel Blue Bay foi palco de disputas pelo que ele tem de melhor: acomodações. No período de preparação das delegações, técnicos de todo o mundo enviam o número e a divisão de quartos a ser obedecida no hotel designado pelo movimento Macabi. Nesta 19a edição da Macabíada, os organizadores decidiram apostar na integração a qualquer preço. Ao chegarem com bagagens, uniformes e muito cansaço, brasileiros, espanhóis, mexicanos, venezuelanos e argentinos foram surpreendidos por um atraso em horas da instalação nos quartos e por uma configuração de parcerias totalmente inesperada. " Decidiram misturar atletas de diferentes modalidades e faixas etárias e países e agora está difícil desfazer o embrulho", mencionou um dirigente da delegação do Brasil.
Até agora, 10h00 da noite, ainda há alguns técnicos sem quarto e muitos atletas só tiraram a roupa usada na viagem minutos antes do jantar, realizado no hotel.
E aí vai uma reflexão sobre o papel do técnico. Ele é muito mais do que um articulador da estratégia de jogo. Ele é um mediador entre simpatias e restrições entre os atletas. Manter a moral e a paz dentro do time pode levar a um bom resultado numa final. Colocar um nadador venezuelano, um craque de futebol mexicano e um cestinha brasileiro pode resultar numa imitação da torre de babel.
O debate com o funcionário do hotel aconteceu ora em espanhol, ora em hebraico. Arranjaram até um lugar para a repórter, que ficou sem teto por todo o dia.
E tudo se arranjou. Todos jantaram no refeitório do Hotel e os brasileiros improvisaram uma roda de samba no saguão. Em vista do jogo marcado para o dia seguinte e do roteiro apertado que terminará na cerimônia de abertura em Jerusalém, os garotos do futebol concordaram em subir cedo para dormir.
Amanhã, quem não tiver partidas iniciais em sua modalidade irá para Jerusalém num passeio que terminará às portas do grande estádio onde as delegações desfilarão.
Amanhã será o dia de improvisar os uniformes que se extraviaram na algândega. Será o dia de agitar a bandeira do Brasil e ser aplaudido como herói.
Será um dia de muito trabalho. Mas antes de subir, mais um post. Vejam se entendem o recado do compositor Gilberto Gil.

Atravessando o Saara

Atravessando o Saara

Parte da delegação brasileira viajou com a Ethiopian Airlines. Os etíopes têm conexões históricas com os judeus. A rainha do Sabá possivelmente pertenceu a esse povo. Depois casou com o Rei Salomão. Como consequência, milhares de anos depois Israel resgatou os judeus etíopes em duas operações destinadas a integrar mais este pedaço perdido do povo judeu. Os funcionários e diretores da Ethiopian ignoram tudo isso. Simplesmente ofereceram o melhor preço e conquistaram a comunidade como cliente no lançamento dos voos em aviões modernos para São Paulo e Rio.
O võo do dia 16 foi o 5 ou 6 da companhia. Aeronaves moderníssimas, Equipe que se comunica num  inglês decorado. Os avisos em etíope são sempre mais cumpridos que as instruções em inglês. O idioma etíope lembra o russo e é igualmente incompreensível.
Pelo ar, fizemos quase o mesmo trajeto dos judeus etíopes, antes chamados de falashas, quando atravessaram seu pobre país para chegar à fronteira e aos aviões disponibilizados por Israel há quase duas décadas. Hoje a Etiópia está em melhor situação financeira, tem até uma companhia aérea global.
Depois da parada para abastecimento na cidadezinha de Lome, o avião lembrava uma sessão da ONU. Africanos, sul americanos e asiáticos sentados lado a lado sem quase nenhum contato.
Depois de Addis Ababa, os brasileiros se animaram e improvisaram uma blada no ar, o que assustou a tripulação. Se estivesse numa estrada,  o piloto teria parado e jogado todos nós no mar....Por que será que esta expressão sempre volta à baila mesmo quando o tema é o deserto  Eis uma expressão batida.
E chegamos a Tel Aviv em plena madrugada, achamos as malas na esteira, ganhamos crachás (falta ainda o da repórter) e seguimos em ônibus para os locais onde a delegação ficará hospedada e fará seus jogos.
Na ida para o hotel Blue Bay, os juniors que se hospedariam no Hotel Blue Bay tiveram sua primeira integração. Deram carona aos atletas espanhóis, que demonstravam animação quando deveriam estar tontos de sono pela mesma razão que os brasileiros estavam acabados. Dezesseis horas no ar, pelo menos para os jogadores de futebol, judocas, etc. 
O movimento no saguão do hotel, a descontração das meninas na piscina, além da expectativa com uma excursão e almoço em  Wingate e em Wingate, sede dos jogos dos Jrs mostra que estão todos alive na Maccabbiah.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Ainda em terra

Ainda em terra

Sexta-feira, dia 12...Marcelo Schaposznik me chamou para uma atividade extra-quadra (na Sala Plenária) dos garotos do Basquete. Para eles, a cinco dias do primeiro jogo na Macabíada, eles também não esperavam um encontro para sentar e ouvir. Primeiro, Marcelo apresentou Dor Leon Attar, um israelense com que se encaixa na figura do ortodoxo comum. Chapeu, barba, roupa preta, etc. Ele falou aos garotos sobre noções e valores judaicos que se aplicam durante uma partida esportiva. Coisa como privilegiar a defesa, ser leal aos companheiros e adversários. Aí, se despediu, agradeceu e o Marcelo avisou sobre mais um palestrante. Desta vez um lutador de MMA em atividade.
O mesmo religioso voltou à sala, agora respondendo como Samsão, um ex-oficial do Exército Israense que cujo pelotão chamava Samsão. Há oito anos, Dor/Samsão emigrou para o Brasil e hoje dirige uma academia de lutas no Panamby. Ajuda uma entidade beneficente religiosa e luta como profissional. Mostrou vídeos do Youtube onde sai vencedor e também onde perde.
Orientou os garotos a confiarem no técnico que acreditou neles ao selecioná-los para jogar na Macabíada. Também lembrou que os times contra os quais o Brasil vai jogar serão adversários, não inimigos e que o jogo só termina quando os atletas saem fora da quadra, no derradeiro segundo do último quarto.
Certamente Samsão despertou mais interesse do que Dor, mas só saberemos o quanto suas palavras foram entendidas quando os garotos estiverem em quadra. D´us os ajude nisso!





Dor/Samsão  dividiu com os atletas algumas de suas 
práticas como lutador de MMA, que serão úteis em quadra





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quinta-feira, 11 de julho de 2013

Contagem regressiva

Contagem regressiva

Hoje é quinta-feira. Os nadadores e jogadores de futebol do Jr embarcaram para Israel na madrugada de terça e já estão treinando no kibutz. Em São Paulo, o escritório da CBM está à toda velocidade. De repente, alguém descobre que foi transferido de hotel com sua modalidade. E toca a pesquisar a nova cidade...se tem barzinhos, lugares ineressantes. Quase tudo pelo esporte!
 O entra e sai da sala não impede que a Helena e a Iara sorriam as boas vindas a todos que chegam. Para mim, que embarco na minha primeira Macabíada (para os outros ela será a 19a) essa acolhida simboliza o ideal Macabeu. Garotas, não desistam!